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DEPARTAMENTO DE NERVOS PERIFÉRICOS

Departamento Nervos Periféricos

 

Esmálio Barroso de Oliveira (Coord)

Alisson de Oliveira Meneses

Erlan Pércio Rufino

Emidio Fernandes de Sousa Filho

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Coordenador:  Dr. Esmálio Barroso de Oliveira

Vice-Coordenador:  Dr. Alisson de Oliveira Meneses

Os estudos dos nervos periféricos, as­sim como técnicas de reparo, possuem uma longa história. Galeno (130–200 d.C.), foi o primeiro a distinguir nervos e tendões. Já nas guerras civis e na Segunda Guerra Mundial se deu o avanço nos estudos sobre lesões nervosas periféricas, em que Mitchell re­sumiu suas observações clínicas a respeito das lesões nervosas periféricas. Seddon e Barnes Woodhall estudaram as cirurgias realizando enxertos em lesões nervosas periféricas e, após a Segunda Guerra Mundial, Sidney Sun­derland resumiu a anatomia interna detalhada dos nervos. As classificações das lesões mais utili­zadas na prática clínica seguem as estabelecidas por Seddon em 1975, que são as neuropraxias, axonot­meses e as neurotmeses.

Após uma lesão por esmagamento ou transec­ção, as fibras distais à lesão sofrem degeneração por meio de um processo conhecido como degeneração Walleriana. Quando a lesão for do tipo neurotmese com espaços entre cotos maiores do que 5 cm, faz-se necessária a utilização de reparos cirúrgicos. O método clássico utilizado é a sutura, sendo a sutura epineural a mais tradicional. Outras técnicas como enxerto de nervo também po­dem ser utilizadas para o reparo cirúrgico. A lesão axonal não somente induz a fraqueza do músculo, a perda de sensação e dores neuropáticas, como tam­bém alterações no mapa cortical somatossensorial. Logo após o reparo cirúrgico, torna-se necessário iniciar uma cuidadosa mobilização para uma melhor recuperação funcional, e o quanto antes se iniciar a reeducação sensorial, melhores serão os resultados e menor será a desorganização do mapa cortical.

As patologias dos nervos periféricos também envolvem etiologias tumorais, inflamatórias e as chamadas neuropatias compressivas.

Os tumores que envolvem os nervos periféricos são incomuns, sendo o schwannoma o tumor benigno mais comum destes. Também denominado neurilemoma, tem origem nas células de schwann que se localizam na bainha de mielina dos nervos periféricos. Os nervos periféricos mais acometidos pelo tumor são o ulnar e fibular, e apenas 7% destes estão situados no mediano. Geralmente, acometem indivíduos entre 20 e 50 anos, sem predileção de raça e sexo. O schwannoma solitário é um tumor de crescimento lento e, muito antes de apresentar a clínica de dor e os sintomas neurológicos devidos à compressão, tem o quadro iniciado apenas por um abaulamento local. Caso o crescimento do tumor ocorra no interior do túnel do carpo, a sua progressão possivelmente origina a síndrome do túnel do carpo pela compressão local. A síndrome do túnel do carpo (STC) é a neuropatia de maior incidência no membro superior que apresenta como principal etiologia o distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT). No entanto, há etiologias diversas que podem gerar a STC. Apesar de a STC ser relativamente frequente nos consultórios médicos, o schwannoma como etiologia da síndrome é raro.

Dentre as etiologias inflamatórias fica em destaque a hanseníase que pode levar a reações inflamatórias (neurites) e sequelas importantes.

A neuropatia compressiva é a principal causa de afecção nervosa nos membros superiores, podendo atingir praticamente todos os nervos e a fisiopatologia é relativamente semelhante, independentemente do nervo acometido. A compressão direta do nervo gera isquemia e processo inflamatório local, desencadeando o quadro clínico de forma intermitente ou crônica. Os casos agudos são raros.

O departamento de nervos periféricos da Sociedade Piauiense de Neurocirurgia tem como função expandir os conhecimentos da população em geral e acadêmica sobre os estudos dos nervos periféricos com base em discussões de casos clínicos, reuniões científicas e planejamentos de trabalhos.

Rua São Pedro, 2123 - Teresina, PI 64001-260

Tel: (86) 3223-5325

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